quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Minha tribo - por: Salomão Rodrigues Evangelista de Oliveira

mais uma vez eu vou falar sobre a intolerancia, um problema que está aí, disfarçado no meio de sorrisos cordiais ou numa forma maais explícita como nos países do Oriente Médio.
O ser humano tem uma dificuldade muito grande ao ver suas idéias confrontadas então um dia me veio essa história, parece engraçado as situações propostas nela, mas em certo lugares e ocasiões a mínima faísca pode provocar um incêndio implacável de intolerância.

E eis que dois membros de tribos diferentes se encontram e começam a falar de seus respectivos grupos, cada um tentando parecer melhor que o outro.

1 – Minha tribo não aceita o amor.
2 – Já a minha não aceita o rancor.
1 – Minha tribo nunca erra.
2 – A minha está sempre certa
1 – Minha tribo não aceita o verde
2 – A minha odeia amarelo
1 – Laranja então... é pecado
2 – O vermelho nunca é amado.
1 – Na minha, o rosa é transgressão...
2 – Na minha tribo o azul é proibição
1 – Na minha ter olhos puxados nunca é aceitável.
2 – Já na minha pele escura é intolerável
1 – Na minha tribo quem abraça logo é excomungado
2 – Na minha, aquele que pensa por si só é pra sempre deletado
...
1 – Acho que minha tribo jamais te aceitaria
2 – A minha logo te expulsaria
1 – Acho que não podemos ser amigos
2 – Tem razão não nos encaixamos nos perfis.

Quando seremos felizes?

Quando somos crianças temos certeza de que seremos felizes quando entrarmos na adolescência, pois seremos mais descolados.

Quando somos adolescentes temos certeza que seremos felizes quando nos tornarmos maiores de idade, pois teremos mais liberdade.

Quando nos tornamos maiores de idade temos certeza de que seremos felizes quando já estivermos com uma vida financeira bem resolvida, pois gastar trás felicidade.

Quando temos uma vida financeira resolvida temos certeza que seremos felizes quando nos casarmos.

Quando casamos temos certeza de que seremos felizes quando tivermos filhos, pois eles são a alegria da casa.

Quando vem os filhos temos certeza que seremos felizes quando eles estiverem crescidos, pois serão mais responsáveis.

Quando eles estão crescidos temos certeza de que seremos felizes quando eles tiverem um bom emprego e família.

Quando nossos filhos estão casados achamos que seremos felizes quando nos aposentarmos, pois só nos restará curtir a vida.

Quando nos aposentamos, acreditamos que a velhice nos fará felizes.

Quando estamos velhos percebemos que passamos a vida toda tentando ser felizes e o melhor dela passou por nós sem que tomássemos conta. Tentamos sempre alcançar a felicidade de tal forma que ela passa por nós sem que nós possamos perceber, o melhor da vida não é esperar a felicidade no futuro é ter um censor que detecte os momentos que não voltam mais em nossas vidas.

sábado, 24 de outubro de 2009

A inconstancia jovem

É engraçado como o jovem é sempre muito inconstante, não no sentido ruim da palavra, mas no sentido de ser muito aberto a novas opiniões.
Às vezes a gente acorda se sentindo um super-homem, no dia seguinte o homem -invisível.
Num dia nos sentimos beleza pura, no outro um bagaço.

TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém
é fundo sem fundo.

Uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra partedelira.

Uma parte de mim almoça e janta:
outra partese espanta.
Uma parte de mim é permanente:
outra partese sabe de repente.

Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte,linguagem.
Traduzir-se uma partena outra parte-
que é uma questão de vida ou morte -
será arte?


Ferreira Gullar