segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Corrupção na terra do conformismo

Por Salomão Rodrigues Evangelista de Oliveira

O século XXI talvez seja, relembrando a Idade Média, a Era das Trevas. Vivencia-se a época da decadência humana e o típico conformismo brasileiro com relação à ética. Denúncias e escândalos de fatos que desrespeitam o conjunto de regras morais provoca o pensamento uniforme no tal cidadão brasileiro: “são todos iguais, são todos corruptos”.

Essa é uma técnica nacional que, além de manchar a memória daqueles que tanto fizeram pelas reformas políticas, livra qualquer um de sua responsabilidade para com o país.
Basta uma reportagem no jornal para que, instantaneamente, milhões de brasileiros digam o quanto este é um país de corrupção. É neste momento que se protesta contra tudo e todos, generalizando como se todo se passasse em outro país ou com outras pessoas.

A auto-estima e o orgulho nacional andam em baixa, exceto é claro, durante o Carnaval e a Copa do Mundo, quando todas as afrontas à ética são esquecidas e dão lugar a um coro temporário que canta o quanto esta pátria é amada e idolatrada, o quanto este terra dourada, que dos filhos deste solo é mãe gentil, tem um futuro que espelha essa grandeza.
Depois tudo passa, vão-se as denúncias, e nada se sabe, nada se viu, vão se as reclamações, e, tudo se torna o velho conformismo dos tempos de colônia.
Verdade pe que, a situação degradante em que se encontra a ética no Brasil é responsabilidade de todos os que nele vivem e que, infelizmente, ignoram o fato de pertencerem a ele, como se cada vez que as palavras “eles são todos corruptos” são pronunciadas, o imobilizante conformismo se espalha pelas veias dos brasileiros lhes causando uma repentina perda de memória e um triste desapego à ética. Assim o círculo vicioso de falta de ética, o comodismo e a maneira como o brasileiro generaliza a corrupção volta a se repetir.

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